Dias corridos por aqui. Mas cá estamos divagando e respirando. Hoje vou falar sobre os desafios de se manter são e salvo em tempos tão desafiadores. Percebo quão egoístas e sem qualquer empatia muitas pessoas são. Não conseguem enxergar o mundo além do seu pequeno umbigo. É difícil passar por situações assim sem ser afetado. Sobretudo quando nos importamos. É difícil silenciar. Não querer atingir de volta quem ou o que nos machuca.
Mas, acredite, esses dez segundos que você para e respira evitam danos maiores. O silêncio muitas vezes nos protege. Evita que machuquemos o outro além do que sentimos. Uma palavra dita, uma frase escrita, abrem lacunas que jamais serão preenchidas novamente.
Há um provérbio chinês que gosto muito. Um momento de paciência pode evitar um grande desastre. Um segundo de impaciência pode arruinar uma vida toda. Essa é uma grande verdade. Então pensemos:
Há desgastes que não valem a pena. Como diria Exupéry, no Pequeno Príncipe, para uns eu falo de jiboias para outros de chapéus e gravatas. Não adianta tentar esclarecer uma questão para quem não está disposto a entendê-la. Então, por mais difícil que seja silenciar, é a mais saudável atitude a tomar.
Sem falar que o universo nos dá suas compensações. Quando estamos no segundo do esgotamento, surgem os carinhos do criador. Palavras de força, conforto, encorajamento. Um afago no coração que nos faz respirar o ar da esperança. Como já disse outro dia, há sempre uma nova madrugada, com novas chances de acertar. Talvez o segredo esteja em contemplar os pequenos milagres de cada dia.
Sorria, seja gentil e tenha paciência. Todo mundo tem uma luta para vencer. Somos parte do universo. Não o centro dele.
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