A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) reconheceu que uma falha de comunicação na regulação de leitos contribuiu para a morte de um paciente em Mossoró por falta de vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A admissão foi feita pelo secretário Alexandre Motta, em vídeo divulgado nas redes sociais oficiais da pasta.
Segundo Motta, o problema ocorreu na troca de informações entre a equipe de regulação de Mossoró e o Hospital Regional Tarcísio Maia, unidade de referência no Oeste potiguar. De acordo com o secretário, a investigação interna apontou que havia leitos disponíveis em outros hospitais da rede estadual, mas o fluxo de dados não funcionou de forma adequada para viabilizar a transferência do paciente.
“Foi um problema grave. Quando entendemos como o mecanismo de regulação operou naquele momento, ficou claro que houve uma falha de comunicação, tanto na regulação de Mossoró quanto no recebimento dessas informações pelo Tarcísio Maia”, afirmou.
Alexandre Motta disse que, apesar de estar em viagem a Brasília, pretende, ao retornar, se reunir com a secretária municipal de Saúde de Mossoró. O objetivo, segundo ele, é revisar e alinhar os fluxos entre a regulação municipal e a rede estadual, para garantir que a disponibilidade de leitos seja informada e utilizada em tempo real.
O secretário reconheceu o impacto humano do episódio e afirmou que situações como essa não podem se repetir. “Nenhuma família merece passar por uma dor como essa. É preciso corrigir os nossos processos para que a falta de comunicação não volte a comprometer um atendimento”, declarou.
A reportagem procurou a Prefeitura de Mossoró para comentar as declarações do secretário e a responsabilidade da regulação municipal, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.


















































