Ao se aproximar do final do ano, falar de planejamento e objetivos é clichê. Embora pareça ser um assunto repetitivo, é necessário. Afinal, como disse o escritor Alan Lakein: “Planejar é trazer o futuro para o presente para que você possa fazer algo agora”. Trocando em miúdos, é possível aproveitar o presente sem perder de vista os objetivos e sonhos do futuro, o esforço de hoje realizado para o amanhã é um investimento compensador.
Antes de tudo, é primordial entender a diferenciação entre objetivo e metas. Objetivo é aquilo que se almeja alcançar – é o alvo. Metas são as etapas que precisam ser seguidas para atingir o objetivo. Sendo assim, só se consegue chegar ao objetivo se você passar pelo processo (que são as metas).
Metas e objetivos fazem parte da nossa vida, tê-los e querer alcançá-los é um sinal de saúde mental. A falta de obstinação, empolgação, ânimo, propósito de vida é “prato cheio” para uma postura depressiva.
Para obter sucesso no planejamento e na execução dos seus objetivos é preciso primeiramente parar e olhar pelo retrovisor. Seja sincero consigo mesmo e questione: qual foi o aprendizado que tive com os meus feitos deste ano? Reflita compreensivamente e use a crítica de forma construtiva.
Para o próximo ano não adianta listar inúmeros objetivos. Escolha um ou dois para cada área da vida – trabalho, saúde, relacionamento e lazer. Na hora de estabelecer quais objetivos deseja atingir no próximo ano pense em como fará isso de maneira estratégica. Responda à pergunta: sua meta pode ser atingida dentro de um ano? Evite metas generalizadas, seja o mais específico possível, por exemplo, em vez de “juntar dinheiro” prefira “separar 10% do meu salário todos os meses”.
Se seu objetivo é “ter uma vida mais saudável”, pergunte, “o que eu posso fazer para alcançar isso?”, as respostas podem ser suas metas: incluir saladas e frutas na rotina alimentar pelo menos três vezes na semana, treinar quatro vezes na semana, subir pela escada em vez do elevador, andar com garrafinha de água etc.
É importante também, ao longo do ano, fazer o monitoramento semanal ou quinzenal dos objetivos, observando o que está funcionando e o que precisa mudar durante o processo, eliminando as pontas soltas que estão impedindo a realização da meta. Fazer essa avaliação periódica traz mais motivação para continuar no caminho.
Para a Psicologia, se você não consegue cumprir suas metas pode estar havendo falta de motivação. Para isso, lembre-se sempre do motivo que o instiga a buscar aquele objetivo. Você também pode estar incorrendo no erro de planejamento, colocando metas amplas e muito difíceis de alcançar. As metas precisam fazer sentido na sua rotina.
Leilane Andrade
Psicóloga e Jornalista
CRP 17/6253
@leilaneandpsicologa