É preciso entender que cães e gatos são animais que mantêm a temperatura corpórea dentro daquilo que é adequado para o funcionamento dos órgãos – são os chamados animais homeotérmicos (como aves e mamíferos). Diferente dos pecilotérmicos (répteis e anfíbios, por exemplo) que precisam estar o tempo todo “pegando sol” para aquecer o próprio corpo.
Os animais homeotérmicos apresentam mecanismos dentro do próprio organismo que mantêm a temperatura aquecida mesmo em ambientes mais frios, por exemplo. “Em ambientes quentes, a temperatura normal de um cão, por exemplo, varia entre 38° ou 39°C; de um gato podemos encontrar de 38° até 39,5°C”, explica o médico veterinário Saul Cortez.
São nas temperaturas elevadas, também, que é necessário cuidar ainda mais da saúde dos pets.
“Se um cão, por exemplo, estiver andando sob o sol com o tutor e no final verificarmos a temperatura… Pode estar em 40°C – a gente ainda considera normal, embora esteja acima da faixa de normalidade”, explica o médico veterinário Saul Cortez.
Mas quando a gente fala de temperaturas extremamente elevadas, acima da corpórea, o animal sofre. Saul Cortez ainda diz que os bichinhos precisam usar mecanismos para manter a temperatura dentro do normal para o funcionamento do corpo.
“A temperatura térmica do animal acima de 42°C é extrema; ele está próximo de entrar em choque devido à hipertermia”, alerta o veterinário. Ao contrário dos humanos, que podem “amenizar o calor” através do suor, os animais não têm mecanismos tão eficientes para a manutenção da temperatura corpórea.
Atenção, tutores!
Observe a frequência cardíaca do animal, se a urina fica mais escura e o pet menos agitado. A respiração ofegante e a procura por um local frio indicam calor. As patinhas também podem ser queimadas por causa do chão. “Beber água fria é necessário. Ofegar desidrata mais fácil. São características de um animal que está com calor excessivo”, diz o médico veterinário.
Animais que têm o nariz achatado como, por exemplo, cães da raça bulldog, puggies e até gatos persas, sofrem com períodos mais quentes, porque normalmente eles têm certa dificuldade respiratória. “Isso faz com que o sistema termorregulador deles seja deficiente. Eles sofrem mais e estão predispostos a ter problemas de insolação”, informa o veterinário. “Os animais são mais sensíveis a calor do que os seres humanos”.
Educar as pessoas sobre os riscos para seus animais de estimação é mais importante do que nunca. Cuide deles!