Com informações de Emanuela de Sousa
A casa onde mora Aldecir Souza guarda os jogos de uma vida. A mente, coração e mãos do aposentado trabalham em equipe para a construção de variados jogos de tabuleiro – um gosto bem particular.
“Desde criança que eu sempre gostei de jogos de tabuleiro, então eu comecei a comprar os jogos aqui nas lojas em Mossoró e depois pelo YouTube eu conheci uma professora que começou a ensinar os jogos estrangeiros, que chamam jogos de tabuleiro modernos, de todos os países. Eu notei que esses jogos modernos eram melhores que os fabricados aqui no Brasil, até mesmo pela mecânica deles que eram bem mais simples”, conta o aposentado.
Aldecir decidiu construir as próprias regras. Foi quando começou a criar diferentes modelos de jogos. Carteiro aposentado, é claro que uma de suas criações teria que homenagear a empresa onde atuou.
“Isso é quando a pessoa trabalha e ama o trabalho que tem. Eu inventei um tabuleiro para homenagear os Correios. Mas fora isso aí, ainda teve outro que é o jogo do carteiro. Você percorre o tabuleiro todo, mas ao mesmo tempo vai ensinando o carteiro o que ele faz durante o dia a dia”.
Todos os modelos abraçam materiais recicláveis. Os jogos são vendidos ou entram para doação. A história do aposentado com os jogos nasceu há muito tempo e faz parte de todos os momentos da vida. É possível dizer que esse é um casamento que deu muito certo.
“A gente fazia um torneiozinho à tarde uma vez por semana, juntava duas vizinhas, juntava com nós dois aqui e passava uma hora em divertimento com os jogos”, conta Rocélia Alves, esposa de Aldecir.
O desafio é unir saúde, diversão, entretenimento e é também socializar. Seu Aldecir e a esposa estão treinados e prometem permanecer no tabuleiro da vida por muito mais tempo, graças ao bem proporcionado por essa brincadeira séria que virou rotina saudável na família.
“É bom pra saúde mental, muito bom. Eu, quando ia comprar um jogo aqui em Mossoró, muitas vezes um vendedor chegava, perguntava qual a idade da criança, e eu tinha vergonha de dizer que era pra mim. Às vezes eu dizia até mentindo que era de criança de 7 anos, mas depois eu vi que o jogo do tabuleiro não é só criança que joga. Adulto pode jogar também”, finaliza Aldecir.
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