Neste ano a cédula de R$ 20 completou 20 anos de existência. Sendo uma das mais jovens notas produzidas pelo Banco Central do Brasil. Em duas décadas a mudança que mais chamou atenção nos R$ 20 não foi a aparência da cédula, mas sim o poder de compra dela.
Em 2002, ano em que a nota foi lançada, o salário mínimo no Brasil era de R$ 200, isso significa que R$ 20 representava 10% do valor da remuneração. Hoje, com o salário mínimo em R$ 1.212, os mesmos R$ 20 passaram a valer 1,65%.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), se fosse atualizada pela inflação atual, hoje a cédula valeria equivalente a a R$ 69. Carlos Diógenes, vigilante, lembra que há 20 anos atrás conseguiu voltar com as sacolas cheias do supermercado, já hoje, a realidade é outra: “Naquela época, R$ 20 dava para levar bastante coisa. Dava para levar duas sacolas bastante cheias […] Hoje não dá mesmo!”, afirma Carlos.
Outro produto que dá para ser usado como exemplo para observar essa diferença, é a gasolina comum. No ano de 2002, a média do litro do combustível em junho no Rio Grande do Norte era de R$ 1,70, e o motorista que fosse no posto abastecer R$ 20, conseguia colocar 11,7 litros, um feito que já não é possível nos dias atuais. “R$ 5 você colocava, dava para rodar a semana toda quase toda. Hoje, R$ 20 a diferença é enorme, você coloca e só dá para rodar um dia|”, relata Jucival Morais, agricultor.
Com informações de Derlândio Jackson