Entrou em vigor neste mês de janeiro o teto de juros para o rotativo da fatura do cartão de crédito. O Jornalismo TCM conversou com uma economista que explica como isso pode impactar no bolso do consumidor.
Com a mudança, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão não pode ultrapassar o dobro do débito original. A ideia é proporcionar o pagamento de juros em menores valores. “A taxa de juros cobrada sobre o crédito rotativo do cartão não pode ultrapassar anualmente 100% do valor da dívida. Então se eu devo R$ 1000, ao final do ano a minha dívida somada aos juros não pode ultrapassar R$ 2000. Antes a gente tinha uma taxa de juros entre 430 a 450%”, diz a economista Iriane Araújo.
O consumidor entra no rotativo quando não paga todo o valor da fatura do cartão de crédito e deixa uma diferença para o próximo mês que se torna um empréstimo pessoal de curto prazo. Iriane explica como a nova medida pode impactar na economia.
“O cidadão que está endividado não está ativamente, porque ele está com problemas de liquidar seus débitos. Então o correto seria ele trabalhar essa renegociação das dívidas e a partir daí voltar a ser ativo dentro do mercado e aquecendo a economia”.
Segundo dados do Instituto Locomotiva, até o mês passado, o cartão de crédito aparecia como principal problema para seis em cada dez pessoas que tinham contas atrasadas. O que acaba comprometendo o orçamento no final do mês. Mas, para tentar organizar as finanças, o segredo é planejamento.
“Desenhe o seu orçamento. No começo do ano sempre temos despesas que são esporádicas e acontecem uma vez ao ano. Então nós temos que ter esse cuidado de fazer o planejamento dos próximos 12 meses para você ver qual sua brecha de orçamento. A importância do planejamento orçamentário é você saber qual sua capacidade de pagamento”, diz a economista.