O preço da cesta básica aumentou em março em 17 capitais que participaram da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), chegando a passar de R$700 em oito capitais do Brasil. As maiores altas foram registradas em Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%) e em São Paulo (6,36%).
A cesta mais cara, de acordo com o Dieese, é em São Paulo custando R$ 761,19, seguida por Rio de Janeiro com R$ 750,71 e Florianópolis R$ 745,47. Em Natal, capital potiguar, o valor é de R$ 575,33, ficando entre as cinco mais baratas registradas pela pesquisa. Em fevereiro, a cesta mais cara custava R$ 715,65, também em São Paulo. No acumulado em 12 meses, todas as capitais tiveram alta de preços, com aumentos que oscilaram entre 11,99%, em Aracaju, a 29,44%, em Campo Grande.
Dos 13 produtos que fazem parte da cesta básica, 12 ficaram mais caros em março. Entre os alimentos que mais aumentaram estão o tomate (35,36%), batata (15,36%), feijão carioquinha (8,62%), café em pó (8,31%), óleo de soja (6,69%), arroz agulhinha (4,07%), carne bovina de primeira (3,32%) e o pão francês (2,78%). Apenas a banana teve recuo no preço.
Quando comparado o preço da cesta básica com o salário mínimo, o Dieese estima que a remuneração deveria ser maior do que o valor de R$ 1.212,00 em vigência atualmente. Considerando a cesta mais cara, o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 6.394,76 em março. Esse cálculo é feito levando em conta uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Ainda de acordo com o Dieese, para as famílias de baixa tenda o preço da cesta básica chega a comprometer, na média entre as 17 capitais, 58,57% do salário mínimo líquido.