A visita ao Brasil do empresário Elon Musk, proprietário da Tesla – que desenvolve carros elétricos – levantou o debate sobre o interesse internacional nas reservas de lítio do país. O lítio é a substância fundamental para as atuais baterias elétricas recarregáveis usadas nos carros. E o Rio Grande do Norte é justamente um dos estados com reservas conhecidas.
Hoje a extração do lítio no Brasil é feita em pedreiras de pequeno e médio porte em Minas Gerais. Mas o país está de olho no mercado internacional. Atualmente, os estudos do Governo Federal estão focados numa região entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba. A pesquisa começou este ano e está sendo feita na Província Pegmatítica da Borborema, a chamada fase II do projeto de mapeamento. Aqui o metal encontra-se associado a ambligonita e micas.
O projeto de Avaliação do Potencial do Lítio no Brasil é coordenado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e mostra que o país teve um salto nas reservas mundiais da substância, de 0,5%, para 8%.
Um dos motivos que faz o mundo acreditar que veículos elétricos substituirão os a combustão interna é a queda do custo das baterias. Porém, o preço do lítio no mercado internacional disparou desde setembro de 2021. Em grande parte o aumento foi por causa dos veículos elétricos. A tonelada de lítio está custando cerca de US$ 40 mil, ou seja, cerca de R$ 188 mil. O ganho acumulado do mineral nas bolsas de valores em um ano é de 414,04%.
Além das baterias dos carros elétricos, o mineral também é fundamental para a fabricação de Reatores nucleares, termocondutores, vidros, cerâmica, e condicionadores de ar.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que o lítio é estratégico para o país. Segundo a pasta, a quantidade de lítio conhecida já pode fazer com que o Brasil fique entre os maiores produtores do mundo no médio prazo.
Você precisa fazer login para comentar.