Em 2021, das 62 mil empresas ativas no Rio Grande Norte, 81% eram sobreviventes, ou seja, cerca de 50 mil unidades locais ativas em 2020 continuaram em 2021. Das 11,8 mil entrantes (19%), 9788 eram de nascimentos e 2021 eram de reentradas.
As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2021”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, no mesmo ano saíram do mercado 7,8 mil empresas no Estado. Com isso, o saldo de empresas que entraram e saíram do mercado no Rio Grande do Norte em 2021 foi positivo fechando em 3,9 mil unidades locais. É o terceiro ano de resultados positivos desde 2018, sendo que em 2019 e 2020, esse saldo foi de em 2,6 mil e 2,5 mil, respectivamente.
Em 2021, o RN somava 62 mil empresas ativas, que ocupavam 386,5 mil pessoas com salários e outras remunerações totalizando cerca de R$ 9 bilhões, sendo o salário médio mensal de R$ 1829,00 (1,7 salário mínimo). A atividade que mais se destacou foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que contribuiu com o maior número de empresas ativas (26.838), as quais empregaram 109,8 mil pessoas e totalizaram 2,3 bilhões em pagamento de salários e outras remunerações.
Local | Número e percentual (%) de unidades locais | |||
Total de unidades locais ativas | Entrada | Sobrevivente | Saída de atividade | |
Brasil | 5693306 | 995260 (17,5%) | 4698046 (82,5%) | 657209 (11,5%) |
Nordeste | 844572 | 157072 (18,6%) | 687500 (81,4%) | 109579 (12,3%) |
Rio Grande do Norte | 62078 | 11809 (19%) | 50269 (80,1%) | 7861 (12,7%) |
Fonte: IBGE – Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo |
Entre 2011 e 2021, a taxa de entrada recuou de 21,3% para 19% (2,3 pontos percentuais) e taxa de saída caiu 7,9 pontos percentuais, saindo de 20,6% em 2011 para 12,7% em 2021. Já a taxa de sobrevivência subiu 2,3 pontos percentuais em 10 anos, saindo de 78,7% em 2011 para 81% em 2021. A taxa de entrada é a razão entre o número de entrada de empresas e a população de empresas no ano de referência e a taxa de saída é razão entre o número de saída de empresas e a população de empresas no ano de referência.
Na região Nordeste, proporcionalmente, o Rio Grande do Norte foi o segundo estado a ter a maior porcentagem de novas empresas nascendo (15,8%) ficando atrás apenas de Maranhão que teve uma taxa de 16,7%.
Comércio tem maior saldo positivo de empresas, mas perde no saldo de pessoal ocupado
Apenas o comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas contribuiu com um saldo positivo de 1161 mil empresas ativas no Estado, seguido pelas atividades de “saúde humana e serviços sociais” (588 empresas) e “profissionais, científicas e técnicas” que registrou o terceiro maior saldo (519 empresas). A atividade “indústrias extrativas” foi a única que teve um saldo negativo contabilizando seis empresas a menos de 2020 para 2021.
Apesar do saldo positivo de entradas e saídas de unidades locais de empresas, o comércio foi um dos setores que mais perdeu pessoal frente ao ano anterior: menos 2,6 mil, ficando atrás apenas de “alojamento e alimentação” e “construção”, que perderam cerca de 1,3 mil e 1,1 mil trabalhadores, respectivamente. “Atividades financeiras, seguros e serviços afins” teve o menor saldo, tendo perdido apenas 62 trabalhadores entre os anos de 2020 e 2021.