Uma das escolinhas mais tradicionais do futebol mossoroense, o Israel Esporte Clube comemorou no dia 8 de abril 30 anos de história. O idealizador do projeto é o professor Alex Rodrigues. Ele conta que o nome do time, que levanta a bandeira do país do Oriente Médio, surgiu através de leituras da Bíblia.
“Em 1995, a gente formou um time de futebol do bairro, à época, no bairro Alto do Xerém, e o nome do time era América. Como existiam vários Américas, eu queria um nome mais criativo. Então, houve uma divergência e decidi sair e buscar um novo time. Eu lia a Bíblia e tinha muita história de guerras e vitórias, e quando o pessoal de Israel estava com Deus, eles venciam. Aí, fui pesquisar esse nome e descobri que Israel significa campeão, vencedor, aquele que sempre vence. Aí, coloquei esse nome e pegou até hoje”, revela Alex.

De aluno a professor da escolinha, Charles Araújo foi uma das revelações do Israel. Ele começou aos nove anos com o sonho de se tornar um jogador de futebol. Com o passar dos anos, o caminho o levou para fora dos gramados e, hoje, ele é um dos responsáveis por contribuir na formação de novas gerações.
“Fiquei até os 18 anos como jogador do projeto. Infelizmente, a carreira como jogador não evoluiu, mas aprendi muito. Cresci como pessoa por tudo que aqui vivi. Através do Israel, aprendi a gostar do esporte e me tornar profissional pelo amor que vem desde a infância. Me sinto realizado de trabalhar com aquilo de que eu gosto”, enfatizou.

Ao longo de três décadas, o Israel Esporte Clube se transformou em um celeiro de talentos. Mas, Alex conta que esse nunca foi o objetivo principal.
“O nosso objetivo é trabalhar o aspecto social, mas com o trabalho, consequentemente, os talentos sempre despontam. Mossoró é um celeiro. Nomes como Marquinhos Mossoró, Márcio Mossoró, Berguinho, Rafael e Rodrigo Bill, além de outros que já passaram pelo Israel”, relembrou.
Atualmente, a escolinha trabalha com mais de 200 alunos, distribuídos entre o tradicional campo da “Caixa D´água, no bairro Alto de São Manoel, e o Espaço Astra 21, no bairro Vingt Rosado. As aulas envolvem alunos das categorias Sub-07 ao Sub-17. Além dos meninos, o Israel também incentiva o futebol feminino.
“É um trabalho de categoria de base, mas que tem gerado muitos frutos para o futebol profissional. Cedemos jogadores para Potiguar, Baraúnas e Mossoró. Através do projeto, a gente consegue ajudar os meninos a chegarem mais preparados para aproveitarem as oportunidades que o futebol oferece”, finalizou Charles.

Confira a reportagem de Junior Ribeiro e Leonildo Joaquim:
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