O Açude Marechal Dutra, mais conhecido como Gargalheiras, em Acari/RN, foi reconhecido como patrimônio histórico do Rio Grande do Norte, pela governadora Fátima Bezerra. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado.
A represa foi construída na década de 1950, com a decisão, ele se torna patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do RN. O principal objetivo é incentivar o turismo da região. O reservatório tem capacidade para acumular 44 milhões de metros cúbicos de água doce. A parede fica numa das “gargantas” do Rio Acauã, daí o nome “Gargalheiras”.
O projeto de lei propondo incluir o reservatório como patrimônio histórico é de autoria do deputado estadual Coronel Azevedo. Foi aprovado na Assembleia Legislativa no final do ano passado.
História
Apesar de as obras para a construção do açude terem começado somente em 1956, a primeira tentativa de erguer um reservatório na região, data o início do Século 20. O primeiro estudo técnico foi realizado em 1909 pelo engenheiro Ignácio Ayres de Souza. Na época foi construída uma pequena barragem.
Inaugurado oficialmente no dia 27 de abril de 1959, ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção quando foi erguida uma pequena vila para abrigar os trabalhadores.
Nesses sessenta e quatro anos o espetáculo da “sangria”, isto é, quando o volume excedeu a capacidade e transbordou, foi registrado vinte e oito vezes. A última foi em 2011. A área no entorno do Gargalheiras é um dos 21 geossítios relacionados no Mapa Geoturístico do Seridó Geoparque Mundial da UNESCO.
A governadora Fátima Bezerra sancionou ainda outras duas leis: a 11.367/2023, que considera a iguaria Castanha de Serra do Mel como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte; e a 11.368/2023 que reconhece Caicó como a Terra da Carne de Sol e do Queijo no Rio Grande do Norte.