O Ministério da Saúde divulgou, na última segunda-feira (14), o Boletim Epidemiológico de 2024 com dados que apontam uma redução nos casos de sífilis congênita no Brasil e no Rio Grande do Norte. De acordo com o levantamento, o número de bebês com menos de um ano afetados pela doença no estado caiu de 530 em 2022 para 517 em 2023.
A diminuição, conforme especialistas, reflete os esforços na detecção precoce da sífilis em gestantes e no tratamento adequado durante o pré-natal, estratégia crucial para evitar a transmissão vertical (da mãe para o bebê). Esse avanço faz parte do plano nacional que visa à eliminação da sífilis congênita até 2030.
No âmbito nacional, o boletim revela que, em 2023, foram registrados 25.002 casos de sífilis congênita e 196 óbitos decorrentes da infecção. Em relação ao tratamento e prevenção, mais de 14 milhões de testes rápidos foram distribuídos no país no ano passado, com 7,6 milhões de testes já disponibilizados em 2024, incluindo o teste DUO, que detecta simultaneamente HIV e sífilis.
O Dia de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado todo terceiro sábado de outubro, reforça a importância de medidas contínuas para controlar a doença. O Ministério da Saúde tem se comprometido a eliminar a transmissão vertical da sífilis e de outras infecções até 2030, por meio de campanhas de conscientização, testagem ampla e a distribuição de penicilina, medicamento essencial para o tratamento da sífilis.