O Rio Grande do Norte vive um ano de desempenho econômico notável em 2024, com avanços expressivos em setores chave, segundo análise da Fecomércio RN divulgada nesta sexta-feira (01). A avaliação considerou dados das Pesquisas Mensais do Comércio (PMC) e dos Serviços (PMS), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADCT) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do estudo “Resenha Regional de Assessoramento Econômico” do Banco do Brasil. A projeção de outubro do Banco do Brasil aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) potiguar deve crescer 6,2% até o final do ano, mais que o dobro da média nacional (3%) e também superior à média da Região Nordeste (3,3%).
Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo setor terciário, que engloba comércio e serviços, e que também vem mostrando recuperação acentuada. As vendas no comércio varejista registraram alta de 5,7% até agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado, revertendo uma tendência negativa observada em 2023. Já o setor de serviços registrou alta de 1,1% em termos reais no mesmo período.
A criação de empregos no estado reforça ainda mais o bom desempenho do setor terciário. Até setembro, foram gerados 31.488 novos empregos formais no estado, dos quais 63% no comércio e serviços, representando um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 19.739 novos postos. A taxa de desemprego caiu para 9,1%, a menor para o segundo trimestre desde o início da série histórica da PNADCT.
Para a Fecomércio RN, os resultados refletem uma série de fatores tanto em âmbito nacional quanto local. A entidade aponta que a ampliação do acesso ao crédito, o controle do endividamento, o aumento da renda média e a manutenção do ICMS em 18% foram decisivos para esse desempenho. O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz, reforça a importância do setor produtivo local como agente da recuperação econômica e destaca que medidas como o ICMS competitivo foram fundamentais para sustentar o atual ritmo de crescimento.
“Nosso comércio e serviços têm se mostrado verdadeiros motores para a retomada econômica do estado. A manutenção de um ICMS mais competitivo certamente foi uma medida que ajudou a potencializar esses resultados, sendo algo imprescindível para que possamos manter este ritmo de crescimento”, afirmou Queiroz.