O Hospital da Mulher Parteira Maria Correia inaugurou nessa quarta-feira (29) a Sala Lilás Profª. Roberta Cláudia Bezerra Soares, espaço especializado para o acolhimento, orientação e atendimento humanizado e especializado a vítimas de violência.
A sala vai oferecer atendimento prioritário, com assistência médica, psicológica e social, para mulheres de todas as idades em situação de violência. Os atendimentos também se estendem para a população LGBTQIA+ e meninos e adolescentes de até 18 anos.
A solenidade de inauguração ocorreu no Hospital da Mulher, e contou com a presença de representantes da Uern, da gestão do Hospital, do Governo do Estado, das Redes de Atenção à Saúde e Linhas de Cuidado às Vítimas de violência, do poder Legislativo e de entidades da sociedade civil organizada, além de familiares da professora Roberta Cláudia.
Em um discurso, a reitoria da Uern, Cília Maia, destacou que a Sala Lilás representa mais um espaço no Hospital da Mulher que vai oferecer um serviço especializado, de qualidade e referência na região. “Esse equipamento vai transformar a forma de acolhimento das mulheres em situação de violência, em especial daquelas em situação de vulnerabilidade”.
A Diretora do Hospital da Mulher, Elenimar da Costa Bezerra, ressalta que este é um momento muito importante. “A Sala Lilás faz parte de uma rede de proteção a vítimas de violência. Hoje inauguramos um espaço acolhedor e humanizado, que vem a somar na luta contra a violência”, diz.
Além do atendimento especializado, o espaço contará com a realização de ações educativas, de prevenção e de capacitação para a população em geral e para os profissionais de saúde e assistência social, visando conscientizar sobre a importância da denúncia e do enfrentamento à violência contra uma mulher.
Homenagem
A escolha do nome para a Sala Lilás é em memória da professora da Uern Roberta Cláudia, que foi assassinada pelo ex-marido Joab Antônio da Silva, na madrugada de 24 de outubro de 2003. Após ser espancada, então grávida de 5 meses, ela foi atirada do terceiro andar do apartamento onde o casal morava.
Maria Clara Soares Silva, filha da professora Roberta Cláudia, agradeceu a homenagem. “ Eu presenciei, de certa forma, a violência contra a minha mãe. Acredito que essa homenagem vai manter a história dela viva, lembrar o que ela passou e espero que isso evite que outras pessoas passem por essa situação”.