Com informações do G1 RN
Depois de dias circulando livremente por ruas e quintais, o macaco-prego que vinha causando transtornos em Viçosa foi finalmente capturado nessa terça-feira (16). A pequena cidade do Alto Oeste potiguar, com menos de dois mil habitantes, acompanhou de perto uma sequência de episódios inusitados que misturaram curiosidade, medo e prejuízos aos moradores.
Desde a sexta-feira (12), o animal passou a invadir residências, revirar cozinhas, mexer em fiações elétricas e provocar curtos-circuitos. Houve registros de mordidas em moradores, o que aumentou o alerta das autoridades. Em um dos episódios mais comentados, o macaco foi flagrado em cima de um muro carregando uma cafeteira furtada de uma casa. Em outro momento, apareceu “armado” com uma faca, cena que rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Também houve relato de pássaros soltos de uma gaiola em uma residência.
A captura não foi simples. O macaco conseguiu escapar em tentativas anteriores realizadas pela polícia e pelo Corpo de Bombeiros, prolongando a “fuga” por vários dias. Somente nesta terça-feira a ação foi concluída com sucesso, encerrando o período de tensão vivido por parte da população.
De acordo com o biólogo Keliton Gomes, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema/RN), a presença de macacos-prego em áreas urbanas está ligada, principalmente, à expansão desordenada das cidades, que reduz e fragmenta habitats naturais. O tráfico de animais silvestres também é apontado como um fator relevante.
O especialista alerta para os riscos. O macaco-prego pode ser reservatório de doenças transmissíveis aos humanos, o que torna perigosa qualquer tentativa de aproximação. A orientação, segundo ele, é evitar contato direto e acionar imediatamente a polícia ambiental para que o resgate seja feito de forma segura, tanto para as pessoas quanto para o animal.
Viçosa, o menor município do Rio Grande do Norte, viveu nos últimos dias uma situação rara para sua rotina tranquila. Com a captura do animal, a cidade retoma o sossego, enquanto o caso reacende o debate sobre preservação ambiental, ocupação urbana e convivência entre humanos e a fauna silvestre.















































