A maior e mais brilhante superlua do ano poderá ser observada nesta quarta-feira (5) de qualquer lugar do Brasil e do mundo, sem equipamento, a depender das questões climáticas de cada região. O fenômeno ocorre quando a lua cheia acontece próxima ao perigeu, que é quando ela está mais próxima da Terra.
Lua cheia é um fenômeno em que o satélite natural da Terra mostra sua face totalmente iluminada. De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dra. Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP/ON), o termo “superlua” não possui fundamentação científica. A expressão foi criada em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle, na revista Dell Horoscope. Nolle definiu que o adjetivo “super” se aplicaria a uma lua cheia que ocorresse no perigeu ou a até 90% de proximidade desse ponto. No entanto, essa escolha de 90% é arbitrária e não tem base científica reconhecida.
A melhor visualização será ao anoitecer. De acordo com plataformas especializadas, o horário exato da lua cheia pode variar conforme o fuso de cada região, mas no horário de Brasília ela deve surgir por volta das 18h45 em São Paulo, 18h14 em Belém e 17h28 em Recife, por exemplo. Para observá-la, não é necessário qualquer equipamento. Pelo contrário, a olho nu, a lua aparecerá maior e mais brilhante no céu.
Por se tratar de um termo sem base científica, existe divergência entre instituições astronômicas sobre o que configura uma superlua. A União Astronômica Internacional, órgão responsável pela nomenclatura astronômica, não estabelece um critério oficial para determinar a proximidade do perigeu necessária para que uma Lua cheia seja considerada “super”. Por isso, a classificação pode variar conforme a fonte consultada.
Lua maior e mais brilhante
De acordo com o astrônomo e professor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Dr. Gabriel Hickel, parceiro do ON no Programa Céu em Sua Casa, a superlua cheia apresenta aparência ligeiramente maior e mais brilhante do que uma lua cheia comum. No entanto, como não é possível comparar os tamanhos das luas lado a lado no céu, essa diferença pode não ser perceptível a olho nu.
Como observar as Superluas?
Segundo a astrônoma Dra. Josina Nascimento, todas as luas cheias nascem no horizonte leste ao pôr do Sol, no Oeste, e permanecem visíveis durante toda a noite, desaparecendo no horizonte oeste ao amanhecer, no leste. Esse movimento permite que o público acompanhe a Lua cheia do início ao fim da noite.
Para aproveitar ao máximo o fenômeno, recomenda-se buscar locais com boa visibilidade do horizonte, longe de poluição luminosa, e observar a Lua nas primeiras horas após o nascer, quando sua aparência próxima ao horizonte pode gerar efeitos visuais de maior impacto. Uma boa observação dependerá das condições climáticas.
Superluas em novembro e dezembro de 2025
Dependendo do critério para determinar o que é uma “superlua”, neste fim de ano, pode-se dizer que teremos duas superluas.
Se o critério adotado for de uma Lua cheia em 90% de proximidade com o perigeu, teremos duas “superluas” até o fim de 2025: em 5 de novembro e em 4 de dezembro. Da mesma forma, essas ainda serão consideradas superluas se o critério adotado for de uma Lua cheia ocorrendo à distância menor ou igual a 360 mil km da Terra. Afinal, em 5 de novembro a lua estará a uma distância de 356.980 km e em 04 de dezembro a uma distância de 357.219 km.
No entanto, se o critério for quando a diferença entre a Lua cheia e o perigeu é menor ou igual a 12 horas, somente a “superlua” de 05 de novembro será “autêntica” (diferença de 09 horas e 10 minutos).
| Data da Lua Cheia | Percentual de distância | Data do Perigeu | Distância (Km) | Diferença em Horas |
| 5 de novembro (10h18) | 99,7 | 5 de novembro (19h29) | 356.980 | 9,2 |
| 4 de dezembro (20h13) | 99,5 | 4 de dezembro (8h06) | 357.219 | -12,1 |
Fonte: AstroPixel.com




















































