93,2% do trabalho doméstico realizado no Rio Grande do Norte é feito por mulheres. É o que aponta o levantamento do Observatório do Trabalho e Políticas Sociais da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas).
De acordo com a Sethas, o estudo do “Trabalho Doméstico no RN” compilou dados do quarto trimestre de 2022 da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. No período analisado o Estado contava 1,4 milhão de pessoas ocupadas, e dessas, 88 mil pessoas desempenhavam trabalho doméstico. O número equivale a 6,35% da força de trabalho potiguar.
93,2% dos trabalhadores são mulheres, e desse total 74,4% são negras. O levantamento ainda mostrou que das 82 mil trabalhadoras, apenas 11 mil tinham a carteira assinada. Ainda em relação ao perfil, a média de idade das mulheres é de 40 anos e a maioria (37,1%) tem ensino fundamental incompleto.
A pesquisa “Trabalho Doméstico no RN” também fez um comparativo com dados de 2013. Na época o Estado tinha 1,3 milhão de pessoas ocupadas, e dessas, 95 mil eram trabalhadores domésticos, sendo 92,6% de mulheres. Em 2013, as mulheres negras ocupavam volume superior à ocupação das mulheres brancas: eram 71,6% de mulheres negras e 28,4% de não negras.
Com relação ao salário mínimo, a precarização acompanhou o segmento. Em 2012, o salário era de R$ 678,00 e em 2022, de R$ 1.212, sendo que a maior parte das diaristas e mensalista não recebem salário mínimo e seu rendimento está abaixo desse valor. Tendo como base 2022, o valor médio do rendimento das mensalistas era de R$ 839,00, houve aumento significativo em todas as categorias, o salário mínimo praticamente dobrou, mas a média de renda mensal das mensalistas passou para R$ 853,00.
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