O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (1º), o início da campanha nacional de multivacinação voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos. A ação será realizada de 6 a 31 de outubro, em todo o país. O Dia D está marcado para sábado, 18 de outubro.
Todas as vacinas do calendário estarão disponíveis nas unidades de saúde. A ideia é reforçar a imunização de quem está com doses atrasadas ou ainda não recebeu determinada vacina. O governo distribuiu 6,8 milhões de doses extras para apoiar estados e municípios.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um apelo aos pais e responsáveis para levarem seus filhos às unidades de saúde. “Não negue o direito ao seu filho de ter a melhor tecnologia para salvar vidas que o ser humano descobriu e desenvolveu ao longo desses anos, que é a vacina”, disse.
Entre os focos da campanha estão o HPV, a febre amarela e o sarampo. No caso do HPV, a vacinação se concentra em jovens de 9 a 14 anos, mas também estará disponível para quem tem entre 15 e 19 anos. Já a vacinação contra a febre amarela será intensificada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, onde há maior risco de circulação da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal ainda é baixa em algumas vacinas: 78% na febre amarela e apenas 67% na varicela (catapora). A meta é aumentar esses índices até o fim do ano.
O aplicativo Meu SUS Digital também vai enviar alertas e lembretes sobre vacinas pendentes para mais de 40 milhões de usuários.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) elogiou a campanha. Para o representante da entidade no Brasil, Cristian Morales, a vacinação no país tem impacto direto em toda a região. “O que acontece no Brasil, um país maior, com intercâmbio e trocas comerciais muito fortes, com turismo, tem uma influência nos outros países das Américas e do mundo”, afirmou.
“Mas o Brasil também está exposto ao que acontece em países vizinhos. Por isso, temos que colocar, no centro de nossas ações, também o multilateralismo. Esse enfoque permite aos países lutarem juntos contra perigos como as doenças imunopreveníveis e forcarem na proteção além das fronteiras”, completou Morales.


































































