No primeiro quadrimestre do ano, a queda no número de registro de armas para o cidadão aqui no Rio Grande do Norte foi de 88%. Foram 539 em 2022, e apenas 62 nos primeiros meses deste ano. Os dados são do Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
Quando analisado o número de novos registros para o cidadão comum a queda é ainda maior e chega a 96%. Este ano foram emitidos apenas 16 novos registros, contra 419 no ano de 2022.
Os dados da Polícia Federal também mostram que as empresas de segurança tiveram uma forte queda no registro de armas. Foram 39 armas neste período do ano passado, e este ano, nenhuma arma foi registrada nesta categoria.
A única categoria que teve aumento no número de armas registrada foi a dos servidores públicos com prerrogativa de função. A explicação é que as regras para registro de armas para esta categoria não mudaram com a mudança de governo. Foram 120 registros este ano, contra 115 no ano passado (aumento de 4,3%).
Histórico
A nova administração do Governo Federal apertou o cerco contra o registro de armas e munição. Uma portaria publicada pelo Ministério da Justiça determinou em fevereiro que os proprietários de armas tinham 60 dias para fazer um cadastro eletrônico dos equipamentos no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal.
A medida valeu para todas as armas adquiridas após decreto de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que aconteceu em maio de 2019. O ex-presidente flexibilizou as regras para registro, posse, porte e comercialização de armas e munições.