Nessa terça-feira (12) foi lançado na sede da Governadoria do Estado, em Natal, o projeto com a primeira planta-piloto de hidrogênio renovável da Petrobras no Brasil. A estrutura será construída na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues, com um custo estimado de R$ 90 milhões.
O projeto usará energia solar para produzir hidrogênio com baixa emissão de carbono por meio de eletrólise da água, processo que envolve a quebra das moléculas de água por corrente elétrica, separando hidrogênio e oxigênio. A usina fotovoltaica em Alto do Rodrigues terá capacidade de eletrólise de 2 MW.
A escolha do Rio Grande do Norte como sede do projeto está alinhada ao avanço do estado na regulamentação do novo combustível. O Projeto de Lei que estabelece o Marco Legal do Hidrogênio Verde no RN, ainda em tramitação na Assembleia Legislativa, prevê incentivos fiscais e mecanismos para atração de empreendimentos.
O governo ressalta que o estado já é pioneiro no uso de hidrogênio com baixa emissão de carbono na indústria. Em agosto, um acordo entre o governo estadual, CPFL Energia e Mizu Cimentos foi firmado para a produção e fornecimento do combustível para uma fábrica de cimento no município de Baraúna.
A planta-piloto da Petrobras em Alto do Rodrigues será executada pela empresa WEG. Os estudos para o desenvolvimento da estrutura, realizados em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), levaram cerca de dois anos.
A nova estrutura será usada para pesquisas sobre o uso do hidrogênio e para geração de energia, reforçando o papel estratégico do projeto na descarbonização da companhia. Além disso, a planta-piloto fornecerá informações essenciais para o desenvolvimento do hidrogênio renovável.
Durante o lançamento, também foi destacado que a instalação em Alto do Rodrigues vai oferecer vantagens adicionais, como a presença de um gasoduto, uma subestação com capacidade de escoamento, além de uma infraestrutura para tratamento de água, essencial para a geração de hidrogênio.
A expectativa é que a operação comece no primeiro semestre de 2026.
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