Na última semana, foi mostrado o descaso com a população Yanomami, em Roraima, sofrendo de desnutrição e malária. O TCM Notícia apurou que uma potiguar era a responsável por acompanhar a saúde e a qualidade de vida das comunidades originárias, no Ministério da Saúde. Midya Hemilly Gurgel de Souza Targino, natural de Felipe Guerra ocupava o cargo de Diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena, entre julho de 2022 até o final do governo Bolsonaro.
No último sábado (21), uma equipe técnica do Ministério da Saúde identificou oito crianças Yanomami em situação de desnutrição e malária, a pasta decretou estado de emergência de saúde pública.
“A ministra de estado de Saúde resolve […] declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”, afirma o texto, assinado pela chefe do ministério, Nísia Trindade.
A crise sanitária vivida pelos povos Yanomamis, mostra a precarização das condições de vida, e a falta de assistência básica, como acesso a saúde e alimentação. Somado a isso o garimpo ilegal, que tem provocado o assassinato de indigenas. Essa exploração que, também, provoca a incidência de doenças infecciosas.
Currículo
Graduada em Odontologia pela Universidade Potiguar, com especialização em Gestão da Saúde Pública, Midya Gurgel não tem nenhum registro de pesquisas voltadas para a saúde indígena. Ela foi Secretária Municipal de Saúde da cidade de Messias Targino/RN e antes de assumir a pasta no Ministério, foi Coordenadora-Geral de Fortalecimento da Gestão dos Instrumentos de Planejamento do SUS, na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.
O Jornalismo TCM entrou em contato com a ex-diretora pelo email institucional, telefone e redes sociais mas até a publicação desta reportagem, Midya Gurgel não respondeu nossas perguntas.
Você precisa fazer login para comentar.