O mercado de exploração e produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte, que já estava passando por transformações com a entrada de operadores independentes, recebeu um impulso significativo com o anúncio da Petrobras sobre a descoberta de uma reserva de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar. Esse anúncio trouxe perspectivas otimistas para a economia do estado, especialmente para as micro e pequenas empresas que operam nessa cadeia produtiva como fornecedoras e prestadoras de serviços para grandes petrolíferas. A possibilidade de exploração das reservas pode significar a consolidação das atividades offshore no estado, abrindo um vasto leque de oportunidades de negócios.
A explicação para o entusiasmo, que se espalhou entre os potiguares desde o comunicado da Petrobras no início deste mês, pode estar relacionada à área onde as reservas foram encontradas na Bacia Potiguar. O perímetro do poço Anhangá, onde a petrolífera identificou o acúmulo de hidrocarbonetos a mais de 2.196 metros de profundidade, faz parte da faixa considerada pelo mercado como a mais nova fronteira exploratória brasileira, uma espécie de “Novo Pré-Sal”, devido ao seu grande potencial para exploração e produção. A coluna estimada de hidrocarbonetos (petróleo e gás) detectada pela Petrobras é da ordem de 290 metros, sendo 140 metros de reservatório.
A região em questão é a chamada Margem Equatorial, uma extensão de mais de 2,2 mil quilômetros, ao longo da costa, que vai do litoral setentrional do Rio Grande do Norte até o Oiapoque, no Amapá. Além da Bacia Potiguar, a margem equatorial engloba outras bacias, como a Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará. A descoberta no poço Anhangá já é a segunda no estado neste ano. Em janeiro, a Petrobras já havia encontrado hidrocarbonetos no poço Pitu Oeste, que fica a cerca de 24 quilômetros do poço Anhangá.
Especialistas calculam que, juntas, as cinco bacias da Margem Equatorial podem conter mais de 30 bilhões de barris de petróleo, representando uma reserva potencial que se estende além do ano de 2050. Por isso, essa região próxima à linha do Equador é estratégica e promissora, não somente para a indústria energética brasileira, mas também para toda a economia.
Com informações da Agência Sebrae.