Os reservatórios públicos do Rio Grande do Norte apresentam o melhor resultado de armazenamento de água desde 2011, de acordo com o relatório divulgado na sexta-feira, 27 de dezembro, pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn). O volume total acumulado nos reservatórios chega a 2,85 bilhões de metros cúbicos, representando 62,82% da capacidade total de armazenamento de 4,54 bilhões de metros cúbicos. Esse número é superior ao de 2023, quando o estado registrava 2,25 bilhões de metros cúbicos, ou 52,03% da capacidade total.
A maior barragem do estado, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada na bacia hidrográfica Piranhas/Açu, acumula 1,61 bilhão de metros cúbicos, ou 67,97% de sua capacidade, um aumento de 13,5% em relação ao final de 2023.
Outros grandes reservatórios do estado também apresentam bons índices de acúmulo de água. A Barragem Santa Cruz do Apodi tem 429,2 milhões de metros cúbicos, ou 71,58%, um aumento de 12,46% em comparação com o ano passado. Já a Barragem Umari, em Upanema, está com 228,6 milhões de metros cúbicos, ou 78,09% de sua capacidade.
A Barragem Marechal Dutra, conhecida como Gargalheiras, que atingiu o nível de sangria em 3 de abril após 13 anos, acumula 33,19 milhões de metros cúbicos, volume suficiente para garantir o abastecimento de Acari e Currais Novos por mais dois anos, mesmo sem recarga.
Por outro lado, oito reservatórios apresentam volumes abaixo de 10% da capacidade, destacando-se entre eles a Barragem Sabugi (São João do Sabugi), a Barragem Esguicho (Ouro Branco), e a Barragem Itans, que com menos de 1% de sua capacidade, já não abastece o sistema de Caicó desde 1999.
Para 2025, o Rio Grande do Norte contará com dois novos reforços na segurança hídrica: as barragens Oiticica, em Jucurutu, e Passagem das Traíras, em São José do Seridó. Com a entrega dessas obras, o estado superará a marca de 5 bilhões de metros cúbicos de capacidade de armazenamento, garantindo água para as adutoras do Seridó pelos próximos 50 anos.
Esses avanços são um importante marco para a gestão dos recursos hídricos no estado e a garantia de abastecimento de água para a população, especialmente em regiões mais afetadas pela escassez de água.