Com informações da Ufersa
Com protagonismo e compromisso ambiental, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Ufersa, marcou presença na IV Assembleia Potiguar do Clima (ASCOP-RN), realizada nesta quarta-feira, 25, no campus do IFRN em Ipanguaçu. O evento, que reuniu diversos setores da sociedade para discutir ações de enfrentamento à desertificação, teve como um de seus pontos altos a participação da Universidade por meio de seus representantes e de um importante anúncio do seu viveiro de mudas: a produção e distribuição gratuita de 110 mil mudas de espécies nativas para todos os municípios do Rio Grande do Norte.
O anúncio feito pelo agrônomo Giorgio Ribeiro, coordenador do Setor de Mudas da Ufersa, impactou os participantes ao apresentar os resultados concretos da atuação da Ufersa no reflorestamento do semiárido potiguar. “De 2018 a 2021, conseguimos triplicar a nossa produção anual, que era de apenas 4 mil mudas. E, mesmo com os desafios da pandemia, mantivemos o foco. Hoje, temos orgulho de dizer que produzimos 300 mil mudas nos últimos três anos. São sementes de transformação”, destacou o pesquisador”, afirmou.
Giorgio aproveitou a ocasião para anunciar a nova meta: 110 mil mudas de espécies como siriguela, cajá e cajarana estão em produção, sendo que cada município potiguar poderá receber até 2 mil mudas gratuitamente. “Já temos 60 mil prontas para o plantio. Estão no viveiro da Universidade em Mossoró, esperando apenas o engajamento das prefeituras. Esse é um presente da universidade para o povo potiguar”, revelou.
Além de Giorgio, a universidade foi representada oficialmente pelo professor Cláwsio Cruz, pró-reitor adjunto de Extensão e Cultura, e pela professora Liz Carolina, do Centro de Ciências Agrárias. Ambos reforçaram o compromisso institucional da Ufersa com as causas ambientais e o apoio às políticas públicas sustentáveis no estado.
A IV ASCOP-RN teve como tema “Desertificação da Caatinga: Plantio de 5 milhões de mudas” e se consolidou como um espaço plural de escuta, articulação e mobilização em defesa do bioma. A programação contou com debates, exposições, feiras e trocas de experiências entre pesquisadores, gestores públicos, movimentos sociais e estudantes.
Durante o encontro, foram discutidas tecnologias sustentáveis para o reflorestamento, como Waterboxx, hidrogel e sistemas de enraizamento profundo, além de iniciativas voltadas à educação ambiental e ao fortalecimento dos saberes tradicionais. O evento também lançou um chamado aos municípios para aderirem ao projeto coletivo de recuperação da Caatinga por meio do plantio massivo e da criação de viveiros escolares e comunitários.