Desde que ingressou no Curso Técnico em Petróleo e Gás, Renata França, de 27 anos, sonhava em trabalhar na área, mas via a concretização desse desejo como algo distante. Há menos de um mês ela se tornou a primeira mulher a operar sonda em Mossoró/RN, na função “homem de área”.
Renata é natural de Ipanguaçu/RN, mas se mudou para Mossoró aos 15 anos para estudar e trabalhar. Quando concluiu o curso técnico em 2015, não surgiu nenhuma oportunidade de trabalho na área. Para se manter, ela teve que buscar outras ocupações. Chegou a trabalhar em uma marmitaria e como operadora de caixa, até que no final de 2022 teve uma surpresa.
“Terminei o curso Técnico em Petróleo e Gás, em 2015, mas nunca tive oportunidade de trabalhar na área. A Potiguar me abriu uma esperança de realizar meu sonho. A empresa implantou um processo seletivo do curso “Operador de Sonda”, e foi nesse processo que enxerguei que poderia ser minha chance de ingressar na área. Então foi através do curso, que a empresa me contratou. Faz menos de um mês que estou na área”, conta Renata.
Antes de começar a operar a sonda, Renata precisou passar por diversos treinamentos, principalmente sobre segurança. Agora ela atua em campos na região de Mossoró, e atualmente está na comunidade de Livramento, próximo a Governador Dix-Sept Rosado. Por lá a rotina de trabalho é intensa.
“Vou trabalhar em sonda na terra, 7 dias por 12h corridas, e folgo 7 dias. Tudo está sendo desafiador, é tudo novo. Quero poder me adaptar e dar o meu melhor”.
Mesmo desempenhando um trabalho e estando em um ambiente visto como masculino, a operadora conta que não tem enfrentado preconceito. Os colegas a tratam com muito respeito. “Até agora 0 preconceito. Pensei que ia ser difícil o trabalho em ambiente masculino, é tudo ao contrário, os meninos me tratam bem e se importam com meu bem estar”, diz Renata.
Para Renata, não existe divisão de qual trabalho deve ser desempenhado por mulheres ou por homens. Ela se sente pronta e capaz para trabalhar como operadora de sonda. Agora ela aguarda a chegada de outra companheira, para que juntas possam mostrar a força feminina nos campos. “Eu estou sendo a primeira mulher na sonda em Mossoró, mas tá pra chegar outra mulher, ela até fez curso comigo. Estaremos juntas, se Deus quiser”, afirma Renata.
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