O boletim epidemiológico de arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) identificou um aumento nos casos de dengue, chikungunya e zika no Rio Grande do Norte em 2022, quando comparado com o ano passado.
De acordo com os dados do boletim, no ano de 2021, até a segunda semana de abril, foram registrados 435 casos prováveis de dengue, enquanto 2022 chegou esse número chegou a 3.995 no mesmo período. Os casos prováveis de chikungunya passaram de 570 para 1.494 casos prováveis, enquanto os de zika aumentaram de 39 casos prováveis ano passado para 321 em 2022.
Esse números representam um crescimento de 818% nos casos de dengue, 723% nos de zika, e de 162% de chikungunya.
Em Mossoró (RN), a maior indecência entre as três doenças é a de Chikungunya. No boletim do dia 12 de março, a distribuição da incidência dos casos prováveis de Chikungunya por 100 mil habitantes no município era de 7,24, já no boletim do dia 09 de abril, esse número chega a 1066,14
O período de chuvas facilita a reprodução do Aedes Aegypti, mosquito transmissor das doenças. Por isso os cuidados em relação a água parada precisam ser redobrados, como manter recipientes de armazenamento de água cobertos e evitar o acúmulo de lixo que possam facilitar a proliferação do mosquito, como pneus e garrafas. “A gente está em uma fase que tem dia sim, dia não chuva, faz com que o mosquito se alastre cada vez mais. Então é sempre importante que esses recipientes de acúmulo de água, as pessoas tenham atenção redobrada e botem no canto certo que é o lixo”, explica Sandro Elias, coordenador dos Agentes de Endemias de Mossoró.
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika. Sandro Elias ainda alerta para que a população esteja atenta aos sintomas, e procure a Unidade de Pronto Atendimento mais próxima, já que a notificação contribui para que a Secretaria de Saúde consiga identificar e combater focos das doenças.