Estudantes e pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi Árido (Ufersa), estão desenvolvendo um estudo técnico sobre o cultivo da pitaya através da piscicultura. As pesquisas já duram cerca de três anos no pomar da instituição, com o objetivo de melhorar a produção.
Ao TCM Notícia, o professor Vander Mendonça explicou como funciona essa forma de cultivo. “Em 2018 trouxemos algumas mudas da Universidade Federal do Ceará (UFC), com o objetivo de desenvolver um estudo. Nos últimos anos realizamos pesquisas em busca de melhorar o cultivo através da irrigação com água de peixe”, conta.
Denominada de piscicultura, esta é uma forma de produção de peixes em ambientes controlados, trata-se de uma atividade aquícola bastante difundida no Brasil. Por se tratar de um ambiente fechado, o criatório necessita passar por constantes limpezas e consequentemente troca de água.
A partir disso, “desenvolvemos uma irrigação a base da piscicultura, ou seja utilizamos 50% da água dos peixes, que iriam ser descartadas na natureza, e 50% da água tratada para irrigar as pitayas. Além disso, estamos aplicando a adubação química e orgânica”.
Durante cerca de três anos esse trabalho foi aplicado nas plantas, a cada dois dias uma recebia 5 litros de água. O professor conta que os resultados deste experimento serão publicados em uma tese de doutorado.
“Esta planta é uma ótima espécie para o semiárido, ela se adapta bem ao nosso clima, exige pouca água. O próprio produtor produz a muda e tem um custo muito baixo. Aqui na região temos muitos produtores, na Alagoinha, zona rural de Mossoró, e em Baraúnas”.
Atualmente, o pomar da universidade conta com 180 plantas da fruta, inicialmente eram apenas dez. No espaço, os pesquisadores realizam estudos com diversas árvores, sendo um espaço de experimentação e análises.