Com o uso de fogos de artifícios nos festejos juninos, acidentes envolvendo queimaduras se tornam mais frequentes durante o mês de junho. No entanto, de acordo com o médico diretor do Hospital Regional Tarcísio Maia, Valdemir Ferreira, nos últimos dois anos os casos envolvendo queimaduras por explosão diminuíram devido a pandemia.
“Com a mudança do ponto de vista jurídico, com a ausência de fogos de forma oficial, essa demanda em relação a queimaduras com fogos de artifício é quase zero, muito pouca. As vezes quando tem fogos clandestinos ai realmente tem esse prejuízo”.
Apesar dos casos das queimaduras com fogos de artifícios terem reduzido, o cuidado precisa ser mantido. Em casos de acidentes envolvendo queimaduras, é preciso pedir ajuda de forma imediata. A enfermeira Cristina Carlos alerta sobre uma série de manobras que a vítima ou acompanhante precisa evitar nessas situações: “Para uma grande queimadura, o ideal é que não retire roupas, não retire acessórios, e também não faça uso de substâncias caseiras do tipo: manteiga, borra de café, outros produtos como creme dental. Não faça uso de nada disso. Procure o hospital para o primeiro tratamento”, orienta a enfermeira.
Neste mês de junho outro caso de queimadura chamou a atenção dos médicos do Tarcísio Maia. Cerca de 13 mulheres tiveram queimaduras nos olhos devido um produto usado para penteados nos cabelos. Os casos aconteceram no Pingo da Mei Dia, as mulheres usaram o produto que com a chuva escorreu e atingiu os olhos. De acordo com o médico, as pacientes tiveram traumas oculares.
“Durante o Pingo, com as chuvas, esse líquido meio que derreteu… E isso provocou queimaduras oculares, traumas oculares, trauma de córnea, com edema, inchaço, vermelhidão, uma visão turva… Foram aproximadamente 13 pacientes no Tarcísio Maia e dezenas no serviço privado”, contou o médico Valdemir Ferreira.