O apoio de Auristela Bezerra e Ana Celia para suas filhas Esthefany Rillary e Ana Viviane sempre fez a diferença na trajetória acadêmica das meninas. Agora, após as estudantes terem sido selecionadas para participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) em São Paulo, as mães estão promovendo uma rifa para conseguir acompanhá-las.
Alunas do Centro Estadual de Capacitação de Educadores e Atendimento ao Surdo de Mossoró, Esthefany, de 16 anos, e Ana Viviane, de 15 anos, desenvolveram o projeto de pesquisa que teve como resultado o livro infantil “O Silêncio de Vivi”. A obra que conta a história de uma protagonista surda é inspirada nas experiências vividas por Viviane.
Ela, juntamente com Esthefany, escreveram e ilustraram o livro. O projeto, que ganhou nas feiras de ciências locais, foi selecionado para representar o RN na Febrace, de 20 a 24 de março. As despesas das meninas serão custeadas pelo estado, mas como as mães querem estar presentes nesse momento importante, elas resolveram promover um rifa para arrecadar dinheiro e conseguirem viajar.
Confira a história do projeto das estudantes:
“O objetivo da rifa é conseguir uma ajuda para as despesas de nossas mães, que querem muito estar ao nosso lado nesse momento tão importante pra nós e pra elas, que nos acompanham desde o início. Nossas mães têm todo valor pra ver nossa grande conquista de perto”, explicam as estudantes.
Auristela conta que o valor para as duas mães acompanharem as filas gira em torno de R$ 10 mil, um valor alto que elas esperam conseguir com a ajuda da rifa. Para ela, apoiar a filha presencialmente faz a diferença na trajetória dela.
“Como mãe me sinto muito orgulhosa, sempre acreditei no potencial de minha filha. Sei que o céu é o limite dela, mesmo com as barreiras venho incentivando ela. Quero com toda força que há em mim estar com ela nessa viagem. Sei que ela vai longe, pois a vontade de vencer que há dentro dela é gigante”, afirma Auristela Bezerra.
Para as meninas, as expectativas para a Febrace são altas e a ansiedade está a mil. Elas esperam que, levando o projeto para uma Feira Nacional, o protagonismo de pessoas surdas ganhe mais visibilidade. “Acredito muito que vamos conseguir cumprir nossa missão, pois o surdo já viveu muito tempo escondido. O grande diferencial do nosso projeto é que a história do livro ela é real. Todo surdo tem sua história e no futuro todos os livros vão ter essa acessibilidade como o nosso. Vamos sentir orgulho em saber que tudo foi criado por duas pessoas surdas do Nordeste”, afirmam Viviane e Esthefany.
Para ajudar, basta entrar em contato pelo instagram @auristelakarla.