A ideia do Método Canguru pode ser considerada simples – a colocação do bebê recém-nascido contra o peito da mãe propiciando o vínculo afetivo e o melhor desenvolvimento da criança. A posição é mantida pelo maior tempo possível, como se fosse um estágio para a alta hospitalar.
Emily Ferreira é mãe de Maitê que nasceu prematura com 34 semanas. Passando pela experiência da primeira gestação, a bebê já ganhou peso: está com 2kg e 200 gramas, perto de ir para casa.
“Para mim está sendo uma experiência nova. Nunca imaginei que ela ia nascer prematura e que aqui no hospital tinha esse acolhimento da mamãe canguru que eu nunca ouvi falar”, disse.
A Maternidade Almeida Castro atende não só mulheres de Mossoró, mas também de vários municípios do Oeste Potiguar.
Edilene Torquato, coordenadora do Projeto Mãe Canguru, destaca o processo de gestação e a adequação dos bebês quando passam por esse processo.
“Nós sabemos que o bebê nasce com nove meses, mas que o bebê só vem mesmo da descrição de idade gestacional a partir de três meses a mais que é a extra gestação. Então o bebê teria que ficar no útero da mãe durante 12 meses para poder sair com desenvolvimento motor adequado”, comenta.
Com o projeto, novembro ganha cor roxa para destacar a importância da sensibilização à prematuridade.
E mesmo sendo mãe canguru, quando o projeto conta com participação paterna os laços se tornam ainda mais fortes. É o caso de Amália e Pedro, pais das gêmeas Dayse Emanuelle e Ayla Laís, nascidas com 31 semanas.
“Elas estão ganhando peso, graças a Deus, estão bem de saúde, todas duas”, disse a mãe.
Além do desenvolvimento das crianças, com o aumento do peso, as mães e os pais precisam estar aptos a cuidar dos bebês quando eles estiverem em casa. Uma assistência que necessita de maior cuidado e atenção para a adaptação fora da maternidade.
É assim que Emilly Beatriz vem trabalhando com o pequeno João Miguel que nasceu com apenas 24 semanas, mas que apresenta bom desenvolvimento e, em breve, estará em casa.