O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chegou a Mossoró na manhã desta quarta (13) e após sair do Aeroporto Dix-Sept Rosado se reuniu com as forças de segurança que atuam nas buscas pelos fugitivos Deibson Cabral e Rogério da Silva, da Penitenciária Federal em Mossoró.
Em coletiva de imprensa, na sede da Polícia Federal por volta das 11h40, ele disse que teve uma reunião produtiva sobre os detalhes da operação para recaptura dos presos e que há “indícios fortes da presença dos fugitivos na região no perímetro da Penitenciária” – a convicção, segundo o ministro, é de que os fugitivos ainda estão por aqui.
O objetivo é “manter a operação da forma como está sendo levada com a presença das forças em Mossoró”, disse Lewandowski,
As duas linhas de atuação continuam. A investigativa, por exemplo, efetuou sete prisões de pessoas suspeitas em colaborar com Deibson e Rogério. Sobre outras ações, o ministro não entrou em detalhes. Do outro lado está a linha persecutória – os agentes que trabalham in loco.
São cerca de 500 pessoas envolvidas na busca com revezamento durante o dia e a noite. A sistemática será mantida por causa “da proteção da população local”, explicou o ministro.
“Estamos otimistas no sentido de estarem [os fugitivos] no local sem ir pra outros estados”, contou Lewandowski, por isso a operação prossegue. Ele também ressaltou que Deibson e Rogério “são dissidências do Comando Vermelho, mas estão recebendo ajuda externa. Isso explica o relativo êxito que eles têm ao escapar”.
POR ONDE ESTARIAM DEIBSON CABRAL E ROGÉRIO DA SILVA?
Ao ser questionado em que local os fugitivos podem estar, Lewandowski explicou que entre Baraúna e a Penitenciária Federal em Mossoró, mesmo que seja um perímetro extenso e variável, e que podem estar escondidos numa região com muitas frutas, o que facilita a alimentação. “Eles não se movimentaram somente a pé, mas transportados, também, por veículos”.
As investigações sobre a fuga da Penitenciária Federal não terminaram. Os fugitivos são “criminosos com certa técnica para fugas de presídios”, explicou o ministro. Com relação às providências, a direção do local foi afastada e os protocolos de segurança serão mais rígidos. “Haverá compra de câmeras e sensores, além da construção de uma muralha aqui em Mossoró”, afirmou Ricardo Lewandowski.
Em todas as penitenciárias do País as visitas foram canceladas temporariamente. O ministro da Justiça também informou que haverá o aumento de contingente do policiais penais federais e que grande parte virá para Mossoró.
A recompensa pela recaptura dos fugitivos continua de R$ 30 mil e que a população pode denunciar suspeitas anonimamente.