O projeto Semeando a Cidadania faz uso da mão de obra carcerária na produção de mudas de cajueiro. As plantas são desenvolvidas em estufas na Unidade Agrícola Mário Negócio em Mossoró, no Complexo Penal.
Rodolpho Saldanha, diretor da Mário Negócio, explica que a ação é uma parceria entre o Banco do Nordeste e cooperativas que trabalham com a cultura do caju.
“É um projeto que a gente começou em novembro de 2022. Aqui no masculino, ele funciona da seguinte forma: o Banco do Nordeste capta cooperativas que se interessam em trazer o projeto pra cá, que é o primeiro ciclo do caju, da cajucultura, com o plantio da castanha. É feito o cultivo da castanha e após a planta nascer, ela é levada e doada para a cooperativa que trouxe a castanha e todo o material “, diz.
Com o projeto, já foram distribuídas cerca de 65 mil mudas entre cooperativas pertencentes aos municípios de Ipanguaçu, Pendências, Porto do Mangue e Serra do Mel. A ideia, além de fortalecer a cadeia produtiva da cajucultura, contribui com a redução da pena dos internos na unidade. Para cada três dias trabalhados há uma redução de um dia de pena.
“Ganha a remissão de pena, que a cada três dias trabalhados eles ganham um, tiram mais um na pena, e com certeza estão fazendo um retorno à sociedade. Eu sempre digo que a função da pena é trazer o retorno à sociedade. Inclusive, alguns internos que já saíram, foram cooptados por algumas cooperativas para trabalhar com a cajucultura”, finaliza Rodolpho Saldanha.