Um projeto de extensão da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) está proporcionando atendimento dermatológico com tecnologia avançada para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O Núcleo de Estudos Avançados em Dermatologia Diagnóstica, composto por professoras e alunos da Faculdade de Medicina da UERN, é o único serviço de saúde no Norte e Nordeste a oferecer ultrassom dermatológico.
“A ideia surgiu quando comecei a trabalhar com ultrassonografia dermatológica, que é uma inovação, por ser o primeiro exame de imagem que consegue ver por baixo da pele e mapear lesões. Juntamos outras especialidades, como dermatologia e dermatopatologia, e criamos um núcleo de estudos avançados em dermatologia diagnóstica. Conseguimos oferecer aos pacientes do SUS uma estrutura que utiliza tecnologia de ponta para diagnosticar e tratar patologias dermatológicas complexas”, afirmou Joana Rosa, professora do curso de Medicina.
O uso do ultrassom permite à equipe realizar biópsias mais precisas, identificando e tratando doenças de forma mais rápida e eficaz. “Este projeto veio para agregar no diagnóstico e, como é um projeto de extensão, ensino e pesquisa, pretendemos usar os dados coletados para beneficiar os alunos e a pesquisa. A biópsia, sendo um procedimento invasivo, causa angústia ao paciente. Nosso objetivo é correlacionar os achados ultrassonográficos, que são indolores, com os achados estopatológicos”, explicou Camila Souza, também professora de Medicina.
O núcleo, que opera no ambulatório da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS), atende exclusivamente pacientes encaminhados pelo SUS, tratando desde problemas dermatológicos simples até casos complexos como câncer de pele. O uso do ultrassom garante atendimento especializado gratuito à população e oferece aos estudantes a oportunidade de se aprofundarem na área.
“É gratificante ver a diferença na eficácia e assertividade com o grupo. Participar deste núcleo é um prazer imenso, pois temos certeza da importância que ele terá para a sociedade mossoroense e a região, atendida no ambulatório da FACS”, declarou Milena Mendonça, mestranda da UERN.