No dia 9 de agosto, completou-se um ano do acidente aéreo com o avião da Voepass. A tragédia causou a morte de 62 pessoas após a queda da aeronave em Vinhedo (SP). Entre as vítimas estava o representante comercial Thiago Almeida Paula, natural do Ceará, mas residente em Mossoró há mais de 10 anos. Ele deixou esposa e dois filhos.
Passados 12 meses, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda investiga as causas do acidente. Segundo o órgão, 75% dos trabalhos já foram concluídos, e ainda serão realizadas análises técnicas pendentes para a elaboração do relatório final. Apesar de o caso ainda não ter sido concluído, a família de Thiago Almeida já foi indenizada. De acordo com o advogado Luiz Carlos Filho, os familiares optaram por participar do Programa de Conciliação desenvolvido pela empresa e decidiram firmar um acordo.
“Houve um programa de reparação de danos instituído pela Defensoria Pública de São Paulo, pelo Ministério Público de São Paulo e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), além das duas empresas envolvidas, com o objetivo de mediar um acordo entre as famílias das vítimas e as companhias aéreas. Então, embora tenhamos protocolado uma ação judicial, entendemos que seria importante participar desse programa e ouvir o que tinham a oferecer. E, de fato, ao entrarmos no programa, achamos o acordo interessante, a família concordou com os termos e seguimos para um acordo processual”, afirmou.

Durante o processo de conciliação, o advogado também acompanhou, em Brasília (DF), a apresentação dos relatórios preliminares sobre as causas do acidente.
“Fizemos duas reuniões presenciais com a equipe e chegamos a valores que cobriam a projeção de dano material, considerando a remuneração da vítima. Também foi ofertado um valor referente a danos morais e parcelas de natureza indenizatória, com os quais a família concordou e decidiu encerrar o processo e ‘virar a página’, como disseram os próprios familiares”, concluiu o advogado.
Em nota, a Voepass expressou solidariedade e destacou ter prestado apoio imediato às famílias das vítimas, incluindo suporte psicológico. A companhia afirmou que confia na investigação do Cenipa, com o qual tem colaborado, e ressaltou que apenas o relatório final apontará as causas do ocorrido.




















































