O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) confirma que o soldado da Polícia Militar do Ceará, Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, preso por atuar ilegalmente como médico no Ceará, no final de semana, também responde pelo crime de estelionato no Rio Grande do Norte. Segundo o TJRN existem quatro processos que envolvem Khlisto na Justiça, apenas um está ativo.
“Um inquérito policial que apurava possível prática de homicídio foi arquivado a pedido do Ministério Público por não ter havido indícios suficientes de autoria e materialidade”. O caso aconteceu em 2019, quando Khlisto Sanderson era suspeito de participar da morte da estudante de enfermagem Ana Clara Ferreira da Silva, de 18 anos, que foi encontrada sem vida em um quarto de um hotel, na companhia do PM, no Município de Apodi. Entretanto, uma perícia realizada na vítima constatou morte por overdose, por uso de cocaína.
O policial militar também foi investigado por violência doméstica pela suposta prática do crime de ameaça, mas o inquérito “foi extinto após o réu ter se retratado e a vítima ter optado pelo não dá prosseguimento do processo”, segundo o TJRN. Em outra denúncia de ameaça, o processo “foi arquivado após ter sido declarada extinta a punibilidade em razão da prescrição do suposto delito”, informou o Tribunal.
Além desses casos Khlisto Sanderson é réu na Justiça do Rio Grande do Norte por um estelionato cometido em 2009, quando teria comprado dois aparelhos de ar-condicionado, no valor de R$ 2,6 mil, com cheques sem fundo, em Mossoró. O TJRN confirmou que a ação penal está em tramitação na 3ª Vara Criminal de Mossoró.
PM foi preso em Unidade Hospitalar no litoral do Ceará
Khlisto Sanderson Ibiapino de Albuquerque, 34 anos, foi preso na noite do sábado (16) e solto horas depois, em audiência de custódia. O homem era suspeito de exercer ilegalmente a medicina em uma unidade de saúde em Paraibapa, litoral oeste do Ceará. Na audiência de custódia realizada no domingo (17), o Ministério Público foi a favor da liberdade provisória do mossoroense.
Na decisão, a juíza de plantão suspendeu os efeitos da prisão em flagrante e concedeu a liberdade provisória, com dispensa do pagamento de fiança.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – CREMERN emitiu nota de repúdio sobre o caso e afirma que está atento a este tipo de prática, se colocando à disposição dos profissionais e da sociedade. “Qualquer profissional ou cidadão, que souber de algum ato como esse poderá encaminhar a denúncia diretamente ao Ministério Público (MP) ou à Polícia. No caso em questão, como não se trata de um profissional médico devidamente inscrito, não será passível abertura de sindicância”, destaca.
O CREMERN apoia irrestritamente a ação da Polícia Civil e repudia práticas ilegais como as do falso médico, por charlatanismo ou exercício ilegal da profissão, uma vez que esse tipo de atuação coloca em risco a saúde e o bem-estar da sociedade.