Os dois fugitivos do Presídio Federal de Mossoró ameaçaram uma família para receber para conseguir se esconder por cerca de sete dias na zona rural de Baraúna. De acordo com o relato de Ronildo Fernandes, Deibson Cabral e Rogério da Silva teriam chegado na localidade ainda no dia 17 de fevereiro, quarto dia de buscas.
“Eles chegaram, invadiram a porta. Não mexeram com nós, só pediam para nós termos calma, que não ia acontecer nada com a gente se fizéssemos o que eles pedissem. Disseram que já tinha a gente que conhecia nós, mas que não se preocupasse, que só queriam uma coisa: que nós ajudássemos eles”.
Segundo Ronildo, os fugitivos chegaram na casa que fica no meio da mata na madrugada do dia 17 para o dia 18 de fevereiro. Lá, eles ameaçaram o morador e família dele. Afirmaram que todos estavam sendo vigiados, e caso Ronildo não colaborasse, eles iriam ser mortos.
Os detentos foram então para dentro da mata, onde fizeram um esconderijo. Ronildo ficava responsável de deixar a comida em um ponto, onde os fugitivos iam buscar. O morador afirmou que não teve mais contato direto com Deibson e Rogério.
Foram cerca de sete dias realizando esse esquema, até que a polícia chegasse em Ronildo. Ele foi parado em uma barreira policial na sexta-feira (23) e relatou o que estava acontecendo. O morador foi detido duas vezes e prestou depoimento à polícia. Ele afirma que colabou com os fugitivos devido as ameaças.
As investigações apontam que os detentos abandonaram o esconderijo ainda na sexta-feira (23). Eles seguem desaparecidos e as buscas pelos dois chegam ao 12º dia.