Policiais civis da 76ª Delegacia de Polícia (DP de Alexandria), com apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) deflagraram, nesta terça-feira (9), a Operação “Turistas Malditos”, com o objetivo de desarticular organização criminosa de origem paraibana, que tentava se estabelecer no município de Alexandria/RN desde janeiro deste ano.
Durante as diligências, quatro suspeitos foram presos em flagrante por integrar associação criminosa armada, por tentativa de homicídio duplamente qualificada, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, por receptação e dano ao patrimônio público. São eles: Cleytson Jose Araujo da Silva, também conhecido como “Véi do Rio”; Jose Policarpo Dantas Neto; Eric Da Silva Ferreira, também conhecido como “Erikinho”; e Bruna Rafaela Luz Santos.
Na posse deles, foram encontrados e apreendidos: um bastão de madeira com inscrições e símbolos referentes a uma organização criminosa de origem paulista, com atuação em âmbito nacional; um revólver de calibre 38, com numeração raspada, utilizada na tentativa de homicídio contra Francisco Fabrício Alves de Lima, também conhecido como “Bananão”; munições de calibre 380 e de calibre 38; uma faca e um punhal; aparelhos celulares diversos; uma tornozeleira eletrônica rompida, e um moletom utilizado por Cleytson Jose, durante a prática de um roubo.
A polícia ainda cumpriu um mandado de busca e apreensão na Colônia Agrícola Penal de Souza, na Paraíba, onde Jorge Luiz Faustino Da Silva, também conhecido como “Jorginho”, encontra-se preso. Ele estaria coordenando o tráfico de drogas em Alexandria, e determinando homicídios contra os rivais e antigos aliados. Em sua posse, foram encontrados dez aparelhos celulares, quantidade elevada de maconha, assim como anotações referentes ao tráfico de drogas. Todo o material ficou à disposição da Polícia Penal da Paraíba.
Os criminosos passaram a intensificar a sua atuação criminosa em Alexandria após o homicídio de Wellington Hugo da Silva, cometido em 27 de dezembro de 2022. Ele, associado ao seu irmão, Wesley Igor da Silva, coordenavam o tráfico de drogas na região e tinham relações com outra organização criminosa, que se opôs à chegada dos rivais.
Após o homicídio de Wellington Hugo, ocorreram sucessivos homicídios na região, fazendo com que o índice de mortes violentas e intencionais crescesse em mais de 200%, quando comparado ao mesmo no período no ano anterior. Outros crimes como roubo com emprego de arma de fogo e tráfico de drogas também passaram a ser praticados com maior frequência.