Na manhã de quarta-feira (31) foi realizada a Operação Cifras com o objetivo de investigar um membro de organização criminosa responsável por ocultar a origem e a movimentação de valores provenientes de tráficos drogas, furtos, roubos e práticas recorrentes de facção. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (FICCO/RN) conduziu a operação.
O esquema funcionava por meio do recebimento da tipologia smurfing – valores menores, feitos em vários lugares e diversas vezes no mesmo dia. Neste contexto de lavagem de capitais, foi identificada, durante as investigações, movimentação suspeita, sem lastro, de quase R$ 3 milhões, entre os anos de 2020 e 2022, em contas relacionadas ao principal investigado. Ele já tinha sido condenado por exercer o comando de organização criminosa armada.
A partir de representação em Inquérito Policial, e após análise dos dados obtidos com o afastamento de sigilo bancário, foi deferida pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (UJUDOCRIM), a expedição de três mandados de busca e apreensão – um de prisão preventiva e um de prisão temporária que foram cumpridos.
Os alvos da operação estavam nos municípios de São Gonçalo do Amarante e em Natal, nos Bairros Igapó e Passo da Pátria. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias relacionadas a duas pessoas físicas investigadas.
A FICCO em Natal/RN é composta pela Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) e Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (SESED), para o enfrentamento ao crime organizado.