Ainda há na cabeça de muita gente que política e dinheiro andam lado a lado. A declaração de bens dos candidatos a vagas eletivas no Rio Grande do Norte mostra que a maioria não se pode dizer rico, mesmo aqueles com muitos anos em cargos na política.
O candidato potiguar mais rico nas eleições deste ano é Alex da Renavin. Ele é advogado e candidato a deputado federal pelo PSC. Ele declarou R$ 80.009.800,00 – grande parte deste dinheiro investido em cinco cotas como acionista, cada uma avaliada em R$ 10 milhões. Quando colocamos num ranking do Brasil ele aparece como o 55º candidato mais rico do país.
O segundo com maior patrimônio é o deputado estadual José Dias, hoje no PSDB. Ele declarou, por exemplo, uma aplicação de longo prazo de R$ 6.400.000,00. Mas no total, o patrimônio está avaliado em R$ 53.184.090,37, distribuídos em 180 itens que vão de apartamento, casas, aplicações, terrenos, entre outros.
Juntos os candidatos a cargo no Rio Grande do Norte têm R$ 361.111.587,17. A maior parte é de participação societária: R$ 88.310.039,04. Isso é 24,46% de todos os tipos de bens dos candidatos, praticamente um em cada quatro reais em patrimônio vem daí. Isso é bem maior que a média nacional que é de 15% dos bens declarados.
Apartamentos e casas somados geram uma fortuna de mais de R$ 73 milhões. Outros dados chamam atenção: são R$ 2.814.609,00 em dinheiro vivo nas casas dos candidatos. R$ 26.478,05 em espécie em moeda estrangeira. R$ 85.651,97 em depósito bancário no exterior. Mas há também tem quem declarou muito pouco. O que menos declarou foi Janio Clecio que disse ter R$ 0,21 numa conta bancária.