Apesar de divergências com o PT, o PSOL do RN admite voto em Fátima Bezerra (PT) para evitar avanço da direita no Estado. Em matéria divulgada no blog Carol Ribeiro, nesta segunda (23), o pré-candidato ao Senado pelo PSOL RN, Freitas Júnior, defende a aliança firmada pelo partido com o PT em âmbito nacional já para o primeiro turno.
O blog repercutiu a entrevista com Freiras ao programa Meio-Dia Mossoró, da TCM 95FM. Durante o programa ele diz ter consciência que a “mera disputa institucional não vai garantir mais direitos para os trabalhadores”, mas que o país tem uma realidade imposta com este atual governo “com ânsia golpista, que desrespeita a Constituição, que está minando o estado de direito”. Portanto, para ele, a primeira medida é derrotar não somente Bolsonaro, mas a agenda do bolsonarismo.
Com ressalvas em relação ao PT, no Estado, o partido preferiu lançar projeto próprio para o primeiro turno: tem pré-candidato ao Governo, o presidente do partido no Rio Grande do Norte, Daniel Morais. No entanto, Freitas Júnior admite que no segundo turno só tem um único cenário em que não votaria em Fátima: em que Daniel Morais estiver contra a governadora.
Caso contrário, o voto deverá ser do PT. “Não vamos votar em Fábio Dantas, Styvenson, ou qualquer candidato que tenha projeto atrasado para o estado e que foi derrotado em 2022”.
Confira a entrevista completa.
PSOL
Candidato ao Governo pela sigla em 2018, Freitas Júnior foi escolhido pelo PSOL entre quatro nomes que se colocaram como pré-candidatos ao Senado no partido. Para ele, é preciso defender a classe trabalhadora, o ecosocialismo e questões ambientais que não podem ficar de fora, diante da agenda ambiental brasileira.
O Partido Socialismo e Liberdade surgiu em 2004 formado por dissidentes que não concordavam com políticas do PT. É um partido pequeno, mas que alcançou uma importância em 2020 quando chegou ao segundo turno em São Paulo, com a campanha de Guilherme Boulos. A agenda do PSOL inclui duras críticas à posturas eleitoralistas do Partido dos Trabalhadores, incluindo as coligações com legendas de projetos opostos ao seu discurso. Ainda assim, o PSOL demonstra, em diversas ocasiões, o entendimento que agir em conjunto com o PT é necessário para unir forças do mesmo campo da esquerda contra projetos do extremo oposto, como o bolsonarismo.