A prestação de contas final da campanha de cada candidato deverá ser feita até 30 dias após a realização das eleições. Mas pouca coisa deve mudar da atual planilha de gastos que está hoje no Tribunal Regional Eleitoral.
A campanha de deputado estadual mais cara este ano foi da vereadora de Mossoró, Larissa Rosado, do União Brasil. Ela contratou R$ 741.534,64 em serviços de comunicação, advocacia e contabilidade.
O dinheiro veio basicamente de transferências da candidatura a deputada federal de Sandra Rosado, e da direção estadual e nacional do União Brasil. Mas a candidatura não conseguiu garantir uma das 24 vagas do legislativo estadual.
TOP 10 em gastos
Quando analisamos os 10 candidatos que mais gastaram na disputa à uma vaga na Assembleia Legislativa, os números mostram que isso não garante sucesso. Sete conseguiram uma vaga e três ficaram de fora.
Ao todo, os 320 candidatos tentaram se candidatar, destes 300 estavam disponíveis nas urnas. Somados eles gastaram R$ 14.713.167,92.
Custo x Voto
Um cruzamento feito pelo TCM Notícia entre os gastos dos pretendentes a uma vaga na Assembleia e o resultado final do pleito traz revelações interessantes.
Este ano, o voto mais caro foi da candidatura de Maria da Graça Marques Nascimento do Rede Sustentabilidade. Ela teve 22 votos. Esta foi a quinta menor votação entre os candidatos a deputado estadual.
Cada voto conquistado na campanha por Maria da Graça ‘custou’ R$ 4.102,90. Este foi disparado o maior custo x voto desta eleição para o cargo no Rio Grande do Norte.
Ela tinha a disposição R$ 150 mil enviados pela direção nacional do partido, e gastou R$ 90.263,90. Um terço dos gastos foi com a contratação do serviço de contabilidade e outro terço foi gasto com serviços de advocacia. O restante foi com publicidade e uma doação de R$ 7 mil a outra candidatura.
Quem digitou o número 18333 viu na urna o nome Maria da Graça. A auxiliar de escritório, de 33 anos, nascida em Mossoró se declarou parda.
Larissa Rosado que teve o maior custo de campanha teve um custo por voto de R$ 69,53 (foram 10.665 votos e um custo de R$ 741.534,64). Este foi o 26º maior custo de voto da campanha.
Entre os candidatos eleitos, Neilton Diogenes do Partido Liberal teve o maior custo de voto da campanha. Foram 25.143 votos conquistado com um gasto de campanha de R$ 538.311,67. O custo final foi de R$ 21,41 por voto conquistado.
E vem do mesmo PL, o candidato que menos gastou para conquistar um voto. O campeão de votos deste ano Wendel Almeida, ou simplesmente, Wendel Lagartixa teve 88.265 votos. E contratou com gastos de campanha apenas R$ 2.784,40, isso gerou uma relação de apenas três centavos por voto.
O método de dividir o valor gasto pelo número de votos é popularmente conhecido como ‘custo do voto’, e serve de embasamento para o Ministério Público em busca de candidaturas laranjas.
São aquelas candidaturas que só servem para que o partido atinja a cota de gênero (normalmente, a quantidade de candidaturas femininas).
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