Cerca de 50 profissionais da Saúde do município de Pau dos Ferros estão em greve há mais de 20 dias reivindicando o pagamento do piso salarial da categoria.
“A greve foi deflagrada desde o dia 7 de junho, em Assembleia e a gestão municipal segue sem negociar ou, sequer, se pronunciar diante do caso”, ressalta Maria José, presidente do Sindicato da Saúde de Pau dos Ferros (SINDSAÚDE).
Por meio de nota, a Prefeitura de Pau dos Ferros informou que reconhece a legitimidade da greve, mas ressalta que é desproporcional e injusta. Ainda ressalta que o reajuste salarial está distante das possibilidades financeiras do município.
O movimento grevista no município já envolve diversos profissionais, técnicos em saúde bucal, dentista, farmacêutico, educador físico, NASF e CAPS. Eles estariam há sete anos sem reajuste.
“Cobramos a realização de concurso público; gatilho para a realização do reajuste anual do salário; melhores condições das instalações de trabalho. O movimento grevista seguirá até que seja implantado o reajuste de 36%, ou algo próximo, além do gatilho de reajuste anual”, concluiu.
Os grevistas já realizaram manifestações pela cidade, com a realização de um café da manhã, onde foram pontuados as colocações da categoria. Todos os serviços seguem sendo oferecidos, mas de maneira reduzida, apenas 30% da capacidade produtiva.
O TCM Notícia entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Pau dos Ferros que se pronunciou através de nota. Confira na integra:
“A Prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida, reconhece a legitimidade do movimento grevista dos profissionais da saúde que reivindicam melhorias. Reafirma ainda que, embora estejam no direito de reivindicar, a greve instaurada é no mínimo desproporcional e injusta, tendo em vista que eles têm uma gestora aberta ao diálogo e pronta pra ajudar. Em um passado, não distante, a categoria e os servidores em geral sequer eram recebidos no gabinete.
A prefeita esclarece que, diante da pauta do movimento, a gestão precisa ser responsável com as finanças do nosso município e não ultrapassar os limites prudenciais. Enfatiza ainda que reajustar o salário no percentual almejado seria uma vitória para a categoria e para a gestão, mas ainda está distante das possibilidades financeiras do município. Contudo, destaca que nas reuniões de negociação a gestão propôs um reajuste no montante de 10%.
A prefeita Marianna, reafirma ainda o compromisso com a categoria e o interesse de chegar a um entendimento, mas lembra que sete anos sem reajustes não podem ser resolvidos num piscar de olhos , com imprudência ou irresponsabilidade, correndo o risco de atrasar salários.”