A prática mística divide opinião entre as pessoas, a técnica milenar de adivinhação e aconselhamento desperta curiosidades e atenção. Sandra Fernandes, por exemplo, diz que vê muitos vídeos na internet e se sente mediada pelas leituras, “os aconselhamentos recebidos me tocam, eu sinto verdade naquilo que ouço”.
O TCM Notícia conversou com a taróloga Vitória Araújo, que no auge da pandemia da covid-19, em 2020, começou a praticar a técnica. “Gostava da ideia do mistério, do que não podemos ver, mas sentir. Das mensagens dos meus guias espirituais, uma luz em meio às escuridões que poderiam me engolir de vez em quando”.
As cartas do tarô de Marselha é um dos mais antigos, a origem dada no século XV, na França. São 78 cartas divididas em dois arcanos, os maiores com 22 cartas e os menores com 56 cartas. Cada carta é ilustrada com figuras e símbolos que reunidos desenvolvem uma narrativa para responder a pergunta realizada pelo consulente. Envolvendo dedicação, estudo e intuição.
“Tenho uma relação talvez muito familiar com o tarô, pois quando era menor adorava mergulhar em tópicos como cristais, astrologia, energias e tudo que aparentemente não seja tão palpável e prático na vida corriqueira”, declara Vitória Araújo.
O tarô se popularizou pelo mundo como uma das mais antigas formas de adivinhação, os consulentes, assim como são chamados os clientes, têm a possibilidade fazer perguntas sobre as várias áreas da vida, desde amor até o financeiro.
“A maioria sente que precisa entender mais sobre o amor, relacionamentos, fins ou inícios de romances e investimentos emocionais que podem ou não dar certo, como qualquer risco que enfrentamos diariamente. Dessa forma, o tarô se transforma numa ferramenta de conforto e entendimento humano. Por mais que certas mensagens sejam duras demais, elas normalmente estão envolvidas pela verdade e existem diversas formas de repassá-las ao consulente, muitas vezes, frustrado” explica a taróloga.
Mas, tem pessoas que não acreditam, como a gestora de recursos humanos, Cecília Campos. Segundo ela, “a astrologia e a adivinhação dão a entender que o nosso futuro já está traçado quando nascemos. Mas será que isso é verdade? A Bíblia diz que podemos escolher no que vamos acreditar e o que vamos fazer, e que nossas escolhas influenciam nosso futuro”.
Para aqueles que acreditam, Vitória conta que existe uma forma única de interpretar as informações: tudo depende do direcionamento. “O sentir do tarô descreve o agir de forma mais consciente. Me conecto com as dores, dúvidas e personalidades das pessoas envolvidas na leitura, seja ela qual for. E assim, consigo traduzir as mensagens que me chegam a partir dos detalhes de cada carta envolvida na situação”, finaliza.
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