Na última semana, o Mercado Público Central de Mossoró celebrou seus 147 anos. O local, um dos mais tradicionais da cidade, é conhecido por reunir uma ampla variedade de produtos e por ser um ponto de encontro cultural e social. Desde roupas e calçados até pratos típicos da culinária local, o mercado é um espaço vibrante que carrega inúmeras histórias de vida.
Entre os comerciantes que ajudaram a construir a história do mercado, destaca-se Chico Saraiva, que há mais de cinquenta anos trabalha no local. “Meus primos e meus amigos negociavam aqui e eu comecei a trabalhar com eles. E aqui fiquei até hoje”, contou Chico, relembrando sua trajetória.
A construção do mercado foi autorizada pela Câmara Municipal em agosto de 1875, e a edificação foi concluída em 12 de julho de 1877 pelos construtores Antônio Secundes Filgueira e José Alexandre Freire de Carvalho. Desde então, o mercado passou por várias reformas e, em 2005, foi renomeado para Mercado Central Manoel Teobaldo dos Santos, homenageando um dos comerciantes que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do local.
Jorgevan de Albuquerque, outro comerciante veterano, compartilha sua história. “Cheguei aqui com 17 anos de idade, trabalhei para três comerciantes diferentes por cerca de 7, 8 anos cada, e depois abri meu próprio negócio. Já são 35 anos aqui dentro”, disse.
O mercado é um verdadeiro centro de diversidade comercial, oferecendo roupas, sapatos, chapéus, opções para café da manhã e almoço, frutas, verduras, artesanato e muito mais. Reilta Jácome, uma das comerciantes, enfatiza a importância do mercado em sua vida: “Através do mercado, a gente está aqui esse tempo todo e, graças a Deus, até agora, Jesus tem nos abençoado”.
Dona Conceição Rebouças, que iniciou sua trajetória no mercado há 62 anos, também destaca o impacto do local em sua vida. “Desde os 19 anos até hoje, nunca saí daqui, graças a Deus”, afirmou.
Apesar da história rica e da importância cultural, alguns comerciantes apontam a necessidade de melhorias no mercado. “Ainda falta muita coisa para resgatar o mercado. Ele é muito abandonado, ainda há muito a ser feito aqui dentro”, disse Jorgevan, enfatizando a importância do mercado para a cidade.
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