O prazo de desincompatibilização eleitoral aumentou, no Brasil, o número de governadoras de uma para três. No dia 2, os governadores do Piauí, Welllington Dias (PT), e do Ceará, Camilo Santana (PT) deixaram seus cargos para disputarem as eleições de outubro, conforme prazo da legislação eleitoral, deixando o espaço para as vice-governadoras. Em seus lugares assumiram as cadeiras do Executivo estadual, respectivamente, Regina Souza (PDT) e Izolda Cela (PDT).
Esta é a primeira vez que mulheres assumem o comando dos estados.
No Ceará, Izolda Cela tentará a reeleição, enquanto Camilo Santana busca uma vaga no Senado. Wellington Dias (PT) também deverá disputar o Senado, mas Regina Souza não deverá se candidatar à reeleição.
As duas se somam à Fátima Bezerra (PT), eleita em 2018 a única mulher governadora no Brasil. Ela é a gestora estadual com maior número de votos da história do RN – alcançou 1.022.910 vots, seguida de Robinson Faria (877.268) e Wilma de Faria (820.541).
História
Só seis Estados brasileiros elegeram mulheres governadoras em toda a história da República. Foram, no total, oito mulheres eleitas em 11 disputas eleitorais.
A 1ª vez foi há 27 anos, em 1994, quando Roseana Sarney, então no PFL, chegou ao comando do Maranhão. Ela foi eleita três vezes.
O Rio Grande do Norte é o Estado com mais governadoras eleitas. Em 2002, Wilma de Faria foi eleita, e em 2006 reeleita. Já em 2010, Rosalba Ciarlini chegou ao posto.
Além delas, Rosinha Garotinho, no Rio de Janeiro; Ana Júlia, no Pará; Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul; e Suely Campos, em Roraima.
Há outras situações em que mulheres assumiram comando de seus estados, não por eleição direta. A 1ª mulher a comandar um Estado foi Janilene Vasconcelos de Melo que, por 42 dias – janeiro a fevereiro de 1984 – governou Rondônia. Assumiu o posto de governadora por decreto assinado pelo então presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, último general a governar o país na ditadura militar.
Dois anos mais tarde, em 1986, no Acre, Iolanda Fleming tornou-se a 1ª mulher a efetivar-se como governadora, depois da desincompatibilização do então mandatário Nabor Júnior (PMDB), que saiu para disputar cargo no Senado.
Em 2002, Benedita da Silva (PT) comandou o Rio de Janeiro por 9 meses depois da saída de Anthony Garotinho (na época, no PSB) para concorrer à presidência da República. A petista deu lugar a Rosinha Garotinho (PSB), mulher do ex-governador e 1ª eleita para o cargo no Estado. (Com informações do Poder 360 e Blog Carol Ribeiro)